sexta-feira, 29 de maio de 2009

Coluna (4)

Segunda parte da "série" sobre a origem da ficção e todas as transformações que o gênero sofreu até chegar as fanfictions :)
Publicação da coluna - O Estadão do Norte - 28/05/09.

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Dos mitos ao gênero ficcional (2)

Karllini Porphírio (karllini@gmail.com)

Para quem não acompanhou a coluna da última semana, um resumo: apesar de muitos entenderem que a palavra mito é sinônimo de mentira ou algo que não é verdadeiro, essas histórias representavam uma forma dos povos antigos, sem meios tecnológicos ou científicos, de explicarem determinados fatos.
Para reforçar os últimos comentários, muitos de nós (senão todos) usamos algo criado nessa época. Aliás, esse é um dos mais interessantes assuntos para ler e discutir; acredite, você encontrará relação e curiosidades sobre diversas áreas de conhecimento, desde a astronomia até a política. Exemplos não faltam, principalmente se usarmos como base a mitologia grega. Narciso, Eco, Vênus, Megera... As Parcas também são bem conhecidas. Clotos, Láquesis e Átropos, filhas de Zeus e habitantes do Inferno, eram as responsáveis, respectivamente, por tecer o fio da vida, marcar o destino e corta-lo na hora certa. Guarde essas informações, usarei elas daqui a pouco.
O tema de hoje é a transformação dos mitos num dos gêneros mais populares hoje, a ficção. Com o tempo, o homem deixou de ser nômade e, instalado em locais fixos, desenvolveu a agricultura. Essa mudança de vida teve conseqüências diretas nos costumes e cultura dos povos antigos. Uma delas foi a busca de explicações objetivas e reais. Logo, com o uso cada vez maior da lógica e das novas tecnologias, os mitos perderam seu caráter sagrado, transformando-se em lendas. As lendas, por sua vez, serviram como base para a criação do gênero ficcional. Esse processo, vale lembrar, não aconteceu da noite para o dia; milhões de anos foram necessários para toda essa mudança de conceitos.
Até hoje, entretanto, percebemos vestígios dos mitos dentro de obras ficcionais – isso sem contar os livros e filmes que abordam diretamente o assunto. O autor Stephen King, no livro Insônia, faz uma referência direta as Parcas, através dos chamados “doutores carecas”. Vale a leitura e comparação com o mito original. Na próxima quinta-feira, uma nova forma de ficção. Aguardem!

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Um comentário:

Quetila Ruiz disse...

Nossa,,,sempre tive certeza que vc escreve bem,,,e só está se aprimorando cada vez mais,,,parabens querida,,seus textos são maravilhosos,,traz uma cultura necessária e uma otima informação,,,bju