Coluna (2)
Artigo publicado no dia 23/04 no jornal "Estadão do Norte". De longe gostei mais do outro, mas... O tema é próximo ao da monografia de pós-graduação e, sim, envolve fanfics também.
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Elementar, meu caro Watson*
Karllini Porphírio
“The Lost Symbol”, ou, em uma tradução livre, “O Símbolo Perdido”, é a nova sensação entre os grandes estúdios de Hollywood, mas não, não se trata de um filme – ainda. Este é o título da continuação do livro “O Código da Vinci”, do autor Dan Brown, divulgado na segunda-feira. Apesar do lançamento previsto apenas para setembro, estúdios já sondam a editora e o escritor para adquirir os direitos sobre a obra.
A literatura está mais presente em outros meios do que imaginamos. No cinema os exemplos são inúmeros, desde a mais recente versão, ainda em finalização, de Sherlock Homes, o famoso detetive criado por Sir Conan Doyle (e autor da frase que usei como título), até os mais variados rostos do vampiro Drácula. Esses dois, aliás, só perdem em número de adaptações para a Bíblia. Diversas novelas e minisséries brasileiras também usam os livros na construção do enredo.
As conseqüências dessa prática despertam o interesse. Já ouvi diversos relatos de pessoas que, depois de assistir a versão audiovisual, buscaram a obra original. Motivados, muitos se tornaram leitores e, principalmente, críticos.
Claro que as adaptações tem seu lado ruim. O fã que nunca ficou decepcionado ao assistir um filme baseado em um de seus livros favoritos que atire a primeira pedra. Às vezes ficamos até com medo de encarar o cinema e ver tudo o que tanto imaginamos em uma versão distorcida. Pior que as mudanças radicais na trama só a descaracterização do personagem.
Opinião por opinião, nunca imaginei Tom Hanks como o protagonista de “O Código da Vinci”. Entretanto, acredito que nem tudo está perdido. Já me deparei algumas vezes com filmes diferentes dos livros, mas que mantém a mesma essência. Para citar apenas um caso: a adaptação da série infanto-juvenil Desventuras em Série. Mesmo quem é contra as adaptações para cinema e televisão precisa reconhecer que inovações e estéticas diferentes chamam a atenção do público para um novo universo, o dos livros.
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*A frase realmente não tem a ver com o artigo, mas eu sempre quis usá-la, mesmo sendo mais fã do Poirot do que do Sherlock Holmes...
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Elementar, meu caro Watson*
Karllini Porphírio
“The Lost Symbol”, ou, em uma tradução livre, “O Símbolo Perdido”, é a nova sensação entre os grandes estúdios de Hollywood, mas não, não se trata de um filme – ainda. Este é o título da continuação do livro “O Código da Vinci”, do autor Dan Brown, divulgado na segunda-feira. Apesar do lançamento previsto apenas para setembro, estúdios já sondam a editora e o escritor para adquirir os direitos sobre a obra.
A literatura está mais presente em outros meios do que imaginamos. No cinema os exemplos são inúmeros, desde a mais recente versão, ainda em finalização, de Sherlock Homes, o famoso detetive criado por Sir Conan Doyle (e autor da frase que usei como título), até os mais variados rostos do vampiro Drácula. Esses dois, aliás, só perdem em número de adaptações para a Bíblia. Diversas novelas e minisséries brasileiras também usam os livros na construção do enredo.
As conseqüências dessa prática despertam o interesse. Já ouvi diversos relatos de pessoas que, depois de assistir a versão audiovisual, buscaram a obra original. Motivados, muitos se tornaram leitores e, principalmente, críticos.
Claro que as adaptações tem seu lado ruim. O fã que nunca ficou decepcionado ao assistir um filme baseado em um de seus livros favoritos que atire a primeira pedra. Às vezes ficamos até com medo de encarar o cinema e ver tudo o que tanto imaginamos em uma versão distorcida. Pior que as mudanças radicais na trama só a descaracterização do personagem.
Opinião por opinião, nunca imaginei Tom Hanks como o protagonista de “O Código da Vinci”. Entretanto, acredito que nem tudo está perdido. Já me deparei algumas vezes com filmes diferentes dos livros, mas que mantém a mesma essência. Para citar apenas um caso: a adaptação da série infanto-juvenil Desventuras em Série. Mesmo quem é contra as adaptações para cinema e televisão precisa reconhecer que inovações e estéticas diferentes chamam a atenção do público para um novo universo, o dos livros.
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*A frase realmente não tem a ver com o artigo, mas eu sempre quis usá-la, mesmo sendo mais fã do Poirot do que do Sherlock Holmes...
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