Coluna (5)
Ignorem o texto sofrível do último post, feito depois de sei lá quantas horas de aula para uma atividade da pós-graduação...
Hoje a última parte da série de colunas sobre ficção. Publicada no jornal Estadão do Norte no dia 04/06/09.
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Dos mitos ao gênero ficcional (3)
Karllini Porphírio (karllini@gmail.com)
Nas últimas semanas vocês leitores acompanharam, de forma resumida (e clara, espero), a transformação dos mitos até a ficção em si, um dos gêneros mais populares. Hoje, para encerrar esse ciclo de mudanças, optei por fazer uma coluna sobre o tema que abordei no meu trabalho de conclusão de curso, as histórias recriadas por fãs – conhecidas como fanfictions, ficção de fã, em inglês.
Antes de continuar, usarei um exemplo bem simples para que vocês entendam o que significa esse nome estranho. Eu, por exemplo, quando li Dom Casmurro achei que Capitu realmente traiu Bentinho, mas, claro, Machado de Assis deixou que cada um interpretasse de sua maneira. Então, insatisfeita com a história, escrevo minha própria versão – uma ficção de fã. Tenho certeza de que todos já imaginaram um final, ou desenvolvimento, diferente para algum filme, livro, seriado... Muitos fãs publicam as fanfics em sites ou até mesmo em revistas. Um dos maiores acervos na internet dessas histórias é o www.fanfiction.net, em inglês, mas basta escolher o gênero e obra desejada para encontrar textos em outras línguas, inclusive o português.
Apesar do nome, essa apropriação de histórias ou personagens criados por outro autor não é exclusividade dos fãs. Em muitos livros e até filmes encontramos referências de outras obras. “As mil e uma noites” foi um marco na literatura por criar um enredo em que uma pessoa conta histórias a outra para superar uma situação difícil, interrompendo no clímax para prender a atenção. Outros livros, como o “Decamerão”, utilizam a mesma base. Então, como não considerar essas obras também uma ficção de fã?
Os fãs criam uma verdadeira cultura própria. Além das fanfictions existem as revistas com informações e curiosidades sobre o “universo” admirado, desenhos, além dos famosos cosplays, pessoas que se vestem como os personagens. Vale lembrar que essas práticas não se restringem aos fãs apenas de obras literárias, mas também de séries, filmes, animes, mangás (quadrinhos japoneses)... Bom, espero que tenham gostado dessa série de artigos. Até a próxima quinta!
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Falando em coluna, hoje recebi um e-mail de alguém comentando que a frase "Elementar, meu caro Watson", nunca foi escrita por Sir Conan Doyle (Sherlock Holmes). Pesquisei na internet e vi que é verdade... Erro horrível, mas farei uma notinha no próximo texto.
Hoje a última parte da série de colunas sobre ficção. Publicada no jornal Estadão do Norte no dia 04/06/09.
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Dos mitos ao gênero ficcional (3)
Karllini Porphírio (karllini@gmail.com)
Nas últimas semanas vocês leitores acompanharam, de forma resumida (e clara, espero), a transformação dos mitos até a ficção em si, um dos gêneros mais populares. Hoje, para encerrar esse ciclo de mudanças, optei por fazer uma coluna sobre o tema que abordei no meu trabalho de conclusão de curso, as histórias recriadas por fãs – conhecidas como fanfictions, ficção de fã, em inglês.
Antes de continuar, usarei um exemplo bem simples para que vocês entendam o que significa esse nome estranho. Eu, por exemplo, quando li Dom Casmurro achei que Capitu realmente traiu Bentinho, mas, claro, Machado de Assis deixou que cada um interpretasse de sua maneira. Então, insatisfeita com a história, escrevo minha própria versão – uma ficção de fã. Tenho certeza de que todos já imaginaram um final, ou desenvolvimento, diferente para algum filme, livro, seriado... Muitos fãs publicam as fanfics em sites ou até mesmo em revistas. Um dos maiores acervos na internet dessas histórias é o www.fanfiction.net, em inglês, mas basta escolher o gênero e obra desejada para encontrar textos em outras línguas, inclusive o português.
Apesar do nome, essa apropriação de histórias ou personagens criados por outro autor não é exclusividade dos fãs. Em muitos livros e até filmes encontramos referências de outras obras. “As mil e uma noites” foi um marco na literatura por criar um enredo em que uma pessoa conta histórias a outra para superar uma situação difícil, interrompendo no clímax para prender a atenção. Outros livros, como o “Decamerão”, utilizam a mesma base. Então, como não considerar essas obras também uma ficção de fã?
Os fãs criam uma verdadeira cultura própria. Além das fanfictions existem as revistas com informações e curiosidades sobre o “universo” admirado, desenhos, além dos famosos cosplays, pessoas que se vestem como os personagens. Vale lembrar que essas práticas não se restringem aos fãs apenas de obras literárias, mas também de séries, filmes, animes, mangás (quadrinhos japoneses)... Bom, espero que tenham gostado dessa série de artigos. Até a próxima quinta!
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Falando em coluna, hoje recebi um e-mail de alguém comentando que a frase "Elementar, meu caro Watson", nunca foi escrita por Sir Conan Doyle (Sherlock Holmes). Pesquisei na internet e vi que é verdade... Erro horrível, mas farei uma notinha no próximo texto.
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